terça-feira, 18 de outubro de 2011

A era da pressa

Sabichona: Mulher, que presume de muito sabedora.
Vivemos dias de intensa busca por soluções imediatas. A tecnologia promete recursos milagrosos para resolver os problemas profissionais, sociais, economicos e até "sentimentais" das pessoas. Quem ganha com isso são as empresas de ciência e tecnologia. Aliás, elas só existem em função da busca de soluções para os problemas do homem-moderno. Esse constante avanço tem gerado uma problemática social que merece muita atenção. O problema não está na tecnologia, mas sim no seu uso abusivo, na dependência da mesma para obter compensações que somente a familia, os amigos e principalmente Deus pode dar. Não vejo problema nenhum em passar o tempo conectado a internet, ou ao celular, ou a outros tantos "brinquedinhos" tecnológicos, desde que:

1 - Isso não me faça pensar que todos os meus problemas podem ser resolvidos em um simples teclar de ENTER, me fazendo acreditar que  tudo pode ser resolvido imediatamente segundo a minha impaciência e  vontade; 

2 - Ou que os comandos milagrosos e velozes do meu PC me deixem tão ansioso e apressado ao ponto de não tolerar pessoas com ritmo mais lento que o meu, me transformando em alguém insensível e intolerante com idosos, crianças, portadores de deficiência, pai, mãe...

3 - Ou até deixar de me socializar com as pessoas, a não ser que elas estejam do outro lado do monitor, pousando de estrela teen apagada de hollywoodno no perfil de um face book, orkut ou twitter. 

4 - Ou que isso me deixe tão dependente destes objetos ao ponto de parecerem uma extensão do meu corpo, tipo pessoas que não largam o celular, nem do laptop por nada na vida em nenhum momento.

Penso que jamais a tecnologia poderá substituir o abraço de uma mãe ou de um amigo chegado, o cafuné da vovó querida ou o ombro do pai... Pois ainda que o computador consiga uma simulação perfeita destes afetos, nunca haverá na máquina um coração que transmita o calor dos  sentimentos de amizade, amor, maternidade... Estes sentimentos são recebidos na alma, não são apenas sensações fisicas. São desmentidos muito facilmente quando há artificialidade, pois não há resultados se não forem autênticos, originais, genuinos e humanos. A tecnologia  jamais trará cura a emoções e sentimentos enfermos.


Devemos respeitar o ritmo uns dos outros. Nem todos estão na mesma fase da vida, gozando do mesmo estado físico, espiritual ou emocional. A vida é uma corrida cujos obstáculos são injustos e diferentes para cada pessoa. Cada um tem seu desafio diário, seu ritmo, sua estratégia de luta... Sejamos tolerantes uns com os outros. Isso é amor.




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